Hello all!
I'm back, after a few years! The thing is... I have had another blog for the past 3 years, in Portuguese, where I normally post once a week. It's a blog located at NH Online, which is my local newspaper back home, in Brazil. In that blog, I normally post about the good and bad about living so far away from home. However, since I have been living in England for nearly 9 years now, I figured it was about time I started writing a blog in English. So, pardon my mistakes, since English is not my first language, but be assured that I am doing my absolute best!
I intend to write about whatever, if you get my drift. The previous posts on this blog are quite old and in Portuguese, but from now on I will be writing in English only. I'm excited to be back and can't wait to translate my thoughts into words. First "real" post very soon.
Monday, January 03, 2011
Thursday, July 26, 2007
Home
Ontem eu estava dirigindo da academia para a minha casa, e neste caminho eu ando pela avenida que fica a beira-mar. Era mais ou menos 9 da noite e o sol estava se pondo. De dentro do meu carro, o sol refletia no para-brisa e dava ao mundo aquela cor alaranjada que passa a ideia de conforto, luz e calor. Me senti em casa.
Como isso pode ser? Moro aqui em Blackpool ha nem tres anos, minha familia, meus amigos do peito e as pessoas que mais amo no mundo estao longe de mim. E mesmo assim eu me senti em casa.
Eu sempre pensei que casa e o lugar onde estao as pessoas que amamos, nao um lugar. Talvez eu esteja errada. Talvez um ambiente, uma rua, o lar da gente tambem faca com que nos sintamos em casa. O lugar e o bolo e as pessoas sao a cobertura. Ontem, enquanto a luz laranja me banhava, tive a sensacao de que o meu bolo, que estava ha tanto tempo no forno, saiu sem quebrar no meio. Achei minha base. Agora so falta o Brasil todo se mudar pra ca.
Como isso pode ser? Moro aqui em Blackpool ha nem tres anos, minha familia, meus amigos do peito e as pessoas que mais amo no mundo estao longe de mim. E mesmo assim eu me senti em casa.
Eu sempre pensei que casa e o lugar onde estao as pessoas que amamos, nao um lugar. Talvez eu esteja errada. Talvez um ambiente, uma rua, o lar da gente tambem faca com que nos sintamos em casa. O lugar e o bolo e as pessoas sao a cobertura. Ontem, enquanto a luz laranja me banhava, tive a sensacao de que o meu bolo, que estava ha tanto tempo no forno, saiu sem quebrar no meio. Achei minha base. Agora so falta o Brasil todo se mudar pra ca.
Thursday, July 12, 2007
A lixeira
OH MY GOD!
A coisa mais engracada aconteceu comigo no domingo. Engracada e tragica. Nao sei se todos voces sabem, mas> me mudei pra um ape novo no sabado passado. Desempacotei tudo, arrumei tudo em tempo recorde (Camarilia em acao!) e no domingo fui levar um monte de lixo pra lixeira do predio. O predio tem uma sala especial onde existem latas de lixo tamanho gigante, com uma tampa super pesada. Elas sao em tamanho retangular e sao quase da minha altura. As vezes eu acho que sou a mulher maravilha e no domingo por alguma razao estupida eu estava me sentindo super heroina, entao decidi levar todo o lixo pra baixo de uma vez so. La fui eu, com uns 4 sacos de lixo enormes mais varias caixas de papelao dobradas. Desci as escadas caminhando como uma pessoa cagada, por causa do peso. Cheguei na tal salinha e nao precisei de chave pra entrar, entao deixei a chave enrolada no meu dedo esquerdo, pra ficar segura. A salinha estava meio escura, pois a luz nao estava acesa e eu nao vi nenhum interruptor pra acende-la. Ao entrar, larguei as caixas de papelao que eu carregava com a mao direita e com esta mesma mao abri a tampa da lixeirona. Tampa aberta, atirei com toda a minha forca a lixaiada que eu segurava com a mao esquerda e entao escuto: Blim, blim, blim, blim. Sim! A chave caiu la dentro! Ai, pensei: "Que merda! Vou sair e tentar acender uma luz!" Ao tentar abrir a porta, trancada. Beleza. No que exatamente resultou isso? Na Marilia tendo que subir escalando a parede pra poder chegar em cima da lixeirona ao lado da lixeirona que tinha engolido a minha chave. Ao chegar no topo, tive que dar um ponta na lixeirona e me esbaldar no meio do lixo, afastando os sacos pra procurar a maldita chave. Um fedorao, como se pode imaginar, e a lixeirona ainda tava cheia. Fiquei ali, escrafunchando no lixo ate que achei a danada. Agora imagina se alguem abrisse a porta naquele momento? "A nova moradora do 408 nao tem comida em casa!" hahahahahahahah! Chave na mao, decidi jogar ela no chao com cuidado, pra ter certeza que ela nao iria parar em outro buraco qualquer. Desci da lixeirona apos algumas manobras corporais e tentei abrir a porta com alguma das chaves que eu tinha. Nada. Ai eu entrei em panico. Imagina, trancada na salinha do lixo ate que algum morador decidisse, no domingo, levar seu lixo pra baixo? Ou ate que os lixeiros me encontrassem la, comendo alface preta encontrada em um dos sacos pra nao morrer de fome? Tinha uma porta de garagem, entao dei uns chutes e gritei "HELP!!!!!", mas como todo bom ingles adora ignorar as pessoas e fingir que nao e com eles, naturalmente ninguem apareceu. Gritei mais um pouco tentando fazer alguem se comiserar da minha situacao, mas nada. Entao, tentei abrir a tal porta em forma de porta de garagem e tcham, tcham, abriu! Esta porta dava pra rua, o que quer dizer que eu podia entao entrar pela porta da frente do predio. Sai da sala do lixo toda preta (tava usando uma saia e uma camiseta) e entrei pela porta da frente, dando risada de mim mesma. A minha sorte foi nao ter encontrado algum vizinho. E se alguem comentar que escutou pedidos de ajuda no domingo a tarde, vou dizer: "Serio? Nao, eu nao ouvi nada" Shhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.
A coisa mais engracada aconteceu comigo no domingo. Engracada e tragica. Nao sei se todos voces sabem, mas> me mudei pra um ape novo no sabado passado. Desempacotei tudo, arrumei tudo em tempo recorde (Camarilia em acao!) e no domingo fui levar um monte de lixo pra lixeira do predio. O predio tem uma sala especial onde existem latas de lixo tamanho gigante, com uma tampa super pesada. Elas sao em tamanho retangular e sao quase da minha altura. As vezes eu acho que sou a mulher maravilha e no domingo por alguma razao estupida eu estava me sentindo super heroina, entao decidi levar todo o lixo pra baixo de uma vez so. La fui eu, com uns 4 sacos de lixo enormes mais varias caixas de papelao dobradas. Desci as escadas caminhando como uma pessoa cagada, por causa do peso. Cheguei na tal salinha e nao precisei de chave pra entrar, entao deixei a chave enrolada no meu dedo esquerdo, pra ficar segura. A salinha estava meio escura, pois a luz nao estava acesa e eu nao vi nenhum interruptor pra acende-la. Ao entrar, larguei as caixas de papelao que eu carregava com a mao direita e com esta mesma mao abri a tampa da lixeirona. Tampa aberta, atirei com toda a minha forca a lixaiada que eu segurava com a mao esquerda e entao escuto: Blim, blim, blim, blim. Sim! A chave caiu la dentro! Ai, pensei: "Que merda! Vou sair e tentar acender uma luz!" Ao tentar abrir a porta, trancada. Beleza. No que exatamente resultou isso? Na Marilia tendo que subir escalando a parede pra poder chegar em cima da lixeirona ao lado da lixeirona que tinha engolido a minha chave. Ao chegar no topo, tive que dar um ponta na lixeirona e me esbaldar no meio do lixo, afastando os sacos pra procurar a maldita chave. Um fedorao, como se pode imaginar, e a lixeirona ainda tava cheia. Fiquei ali, escrafunchando no lixo ate que achei a danada. Agora imagina se alguem abrisse a porta naquele momento? "A nova moradora do 408 nao tem comida em casa!" hahahahahahahah! Chave na mao, decidi jogar ela no chao com cuidado, pra ter certeza que ela nao iria parar em outro buraco qualquer. Desci da lixeirona apos algumas manobras corporais e tentei abrir a porta com alguma das chaves que eu tinha. Nada. Ai eu entrei em panico. Imagina, trancada na salinha do lixo ate que algum morador decidisse, no domingo, levar seu lixo pra baixo? Ou ate que os lixeiros me encontrassem la, comendo alface preta encontrada em um dos sacos pra nao morrer de fome? Tinha uma porta de garagem, entao dei uns chutes e gritei "HELP!!!!!", mas como todo bom ingles adora ignorar as pessoas e fingir que nao e com eles, naturalmente ninguem apareceu. Gritei mais um pouco tentando fazer alguem se comiserar da minha situacao, mas nada. Entao, tentei abrir a tal porta em forma de porta de garagem e tcham, tcham, abriu! Esta porta dava pra rua, o que quer dizer que eu podia entao entrar pela porta da frente do predio. Sai da sala do lixo toda preta (tava usando uma saia e uma camiseta) e entrei pela porta da frente, dando risada de mim mesma. A minha sorte foi nao ter encontrado algum vizinho. E se alguem comentar que escutou pedidos de ajuda no domingo a tarde, vou dizer: "Serio? Nao, eu nao ouvi nada" Shhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.
Monday, June 04, 2007
Out and about
Well, well, well... faz um tempao novamente! E la se vai a minha promessa de escrever uma vez por semana. Ideias sempre existem, mas saco e que eu nao encontro em lugar algum (isso pode ser porque eu sou uma menina e nao um menino, haha!).
Andei passeando um pouco nos ultimos dois meses. No inicio de maio fui pra Amsterdam com uns amigos. Ja tinha ido pra la uma vez, logo que me mudei aqui pra Inglaterra e morava em Londres mas, naquela epoca, fui com tres colegas de aula, dos quais apenas um era gente boa (ne, Rafa?). As duas gurias nao eram super boa companhia, entao nao aproveitei muito. Desta vez, porem, estava o MAXIMO! Aquele lugar e tudo de bom. E como um poco de tranquilidade no meio da agitacao europeia. O unico cuidado que se tem que ter e pra nao ser atropelado por bicicletas, elas estao por todo o lugar! O que eu mais curti foi sentar num bar ao ar livre e ficar observando as pessoas. Como e legal fazer isso! Me divirto imaginando onde eles estao indo, o que fazem da vida, se estao alegres ou tristes. Amsterdam e show de bola e merece uma terceira, quarta, quinta visita... Sempre e bom pra desestressar!
Meu outro passeio foi pra boa e velha London... Vi alguns dos meus amigos, fui no cinema e peguei uma chuvinha, so pra variar! Nao pude ver todo mundo que eu queria ver, mas, ce la vie! Next time!
Vamos nos mudar logo logo (nao sei ainda quando nem pra onde), mas nao vejo a hora. Nao me importo nada de morar na base do exercito onde eu moro, mas provavelmente vamos nos mudar pra um lugar mais perto do centro, o que vai ser melhor!
Bom, e isso por hoje.
Bye!
Andei passeando um pouco nos ultimos dois meses. No inicio de maio fui pra Amsterdam com uns amigos. Ja tinha ido pra la uma vez, logo que me mudei aqui pra Inglaterra e morava em Londres mas, naquela epoca, fui com tres colegas de aula, dos quais apenas um era gente boa (ne, Rafa?). As duas gurias nao eram super boa companhia, entao nao aproveitei muito. Desta vez, porem, estava o MAXIMO! Aquele lugar e tudo de bom. E como um poco de tranquilidade no meio da agitacao europeia. O unico cuidado que se tem que ter e pra nao ser atropelado por bicicletas, elas estao por todo o lugar! O que eu mais curti foi sentar num bar ao ar livre e ficar observando as pessoas. Como e legal fazer isso! Me divirto imaginando onde eles estao indo, o que fazem da vida, se estao alegres ou tristes. Amsterdam e show de bola e merece uma terceira, quarta, quinta visita... Sempre e bom pra desestressar!
Meu outro passeio foi pra boa e velha London... Vi alguns dos meus amigos, fui no cinema e peguei uma chuvinha, so pra variar! Nao pude ver todo mundo que eu queria ver, mas, ce la vie! Next time!
Vamos nos mudar logo logo (nao sei ainda quando nem pra onde), mas nao vejo a hora. Nao me importo nada de morar na base do exercito onde eu moro, mas provavelmente vamos nos mudar pra um lugar mais perto do centro, o que vai ser melhor!
Bom, e isso por hoje.
Bye!
Tuesday, May 01, 2007
"A vida e pra quem topa qualquer parada, nao pra quem para em qualquer topada"
Achei o maximo o dizer acima! E isso mesmo, nao e? Acho muito dificil tomar decisoes e sempre fico na duvida. Sou decidida, mas so depois que tenho certeza do que eu quero. Na maioria das vezes nao consigo decidir nada facilmemnte e acabo me irritando comigo mesma, mas estou aprendendo a ficar mais calma e nao decidir coisas importantes a moda miguelao. Na real, a gente tem que "se jogar" e nao parar! Bibiiiiiiiii!!!
Sunday, April 22, 2007
La birra
Sempre volto do trabalho escutando radio e na volta sempre acabo ouvindo as noticias, la pelas 15 pras 6. Eis entao que la estou eu, dirigindo calmamente (???) e escuto: "Cerveja belga e retirada das preateleiras de todos os mercados da Inglaterra pois possui um rotulo que, ao ser esfregado, mostra uma mulher nua". Depois, ao explicarem a razao disso, fiquei pasma: aparentemente, existe uma lei aqui na Inglaterra que proibe que sexo seja usado para se vender bebidas alcoolicas.
Ao escutar isso, pensei direto no Brasil e nas propagandas de cerveja com mulheres semi-nuas (e homens baixinhos e com bigodes horriveis). Imagina se no Brasil nao fosse permitido o uso do sexo (ou insinuacoes) como ferramenta de venda de alcool??? Brasileiro que e brasileiro nem entenderia as propagandas de cerveja, de tao acostumado que ja esta com a baixaria.
Aqui na Inglaterra as propagandas de cerveja mostram muito mais o lado do "pub", do encontro da "galerinha" nos bares e, muito frequentemente, as propagandas de cerveja sao e inteligentissimas e engracadas (Guinness e um exemplo perfeito).
Mas, no final das contas, todo mundo quer e beber, entao que cada pais use o que funciona melhor para vender seu mezinho. Hic!
Ao escutar isso, pensei direto no Brasil e nas propagandas de cerveja com mulheres semi-nuas (e homens baixinhos e com bigodes horriveis). Imagina se no Brasil nao fosse permitido o uso do sexo (ou insinuacoes) como ferramenta de venda de alcool??? Brasileiro que e brasileiro nem entenderia as propagandas de cerveja, de tao acostumado que ja esta com a baixaria.
Aqui na Inglaterra as propagandas de cerveja mostram muito mais o lado do "pub", do encontro da "galerinha" nos bares e, muito frequentemente, as propagandas de cerveja sao e inteligentissimas e engracadas (Guinness e um exemplo perfeito).
Mas, no final das contas, todo mundo quer e beber, entao que cada pais use o que funciona melhor para vender seu mezinho. Hic!
Wednesday, April 11, 2007
Certeza
Cada vez que entro onde eu moro nao ha como nao lembrar do que esta a minha volta. Moro em uma base de exercito. Nao, nao e assustador. Nao, nao e sujo e feio. E um lugar muito bonitinho, cheio de arvores, muito silencioso e onde ninguem fala com ninguem. Alias, eu nao falo com ninguem, e por escolha propria. Isso so se da pelo fato de que eu nao tenho interesse nenhum em nada que se relacione com qualquer exercito, qualquer guerra, qualquer forca bruta que seja usada para vencer batalhas de poder. Faco uso das facilidades que a vida na comunidade do exercito me da, mas nao abuso de nada, como fazem alguns. Nao me misturo, nao pergunto e nao acho que tenho que responder nada. Sou mais uma. Sou uma "army wife" revoltada.
Ontem, quando entrei na base de carro, voltando do trabalho, estacionei nos fundos da minha casa, como sempre. Quando saio do carro, vejo duas meninas negras vindo em minha direcao, uma de uns 5 anos de idade, a outra de uns 4. Uma delas me pergunta:
- Tu dirigiu muito hoje?, ao que eu respondi que nao.
Ela entao faz outra pergunta:
- Tu tava trabalhando? Eu digo que sim. Entao resolvo perguntar algo tambem, afinal de contas minha birra e com os poderosos chefoes, nao com meninas lindas que vem me fazer perguntas inofensivas. Pergunto:
- Voces gostam de andar de bicicleta?
As duas, em unissono:
- Sim!
Ai aquele silencio constrangedor se instala, pois silencio constrangedor se instala em qualquer conversa, mesmo as que ocorrem entre adultos e criancas. Elas comecam a se mexer nas suas bicicletinhas, prontas para sairem a toda (e engracado como crianca vai de um lado pro outro, nos mesmo lugares milhoes de vezes e tudo ainda consegue ser interessante) e ai uma delas me pergunta:
- Onde ta o teu marido?
Respondo:- No Iraque.
Entao a outra menina diz:
- Meu pai tambem ta no Iraque.
Olho melhor pra elas. A mais velha olha bem dentro dos meus olhos e diz, com toda a certeza do mundo:
- E ele logo logo vem pra casa.
Eu digo que sim, que logo ele estara em casa e me viro, andando para o meu portao. Vou andando lentamente, me despeco, dizendo um "see you later" meio sem jeito. Caminho ate a porta da minha casa e percebo. Os olhos da menina, cheios de conviccao, inundaram os meus.
Ontem, quando entrei na base de carro, voltando do trabalho, estacionei nos fundos da minha casa, como sempre. Quando saio do carro, vejo duas meninas negras vindo em minha direcao, uma de uns 5 anos de idade, a outra de uns 4. Uma delas me pergunta:
- Tu dirigiu muito hoje?, ao que eu respondi que nao.
Ela entao faz outra pergunta:
- Tu tava trabalhando? Eu digo que sim. Entao resolvo perguntar algo tambem, afinal de contas minha birra e com os poderosos chefoes, nao com meninas lindas que vem me fazer perguntas inofensivas. Pergunto:
- Voces gostam de andar de bicicleta?
As duas, em unissono:
- Sim!
Ai aquele silencio constrangedor se instala, pois silencio constrangedor se instala em qualquer conversa, mesmo as que ocorrem entre adultos e criancas. Elas comecam a se mexer nas suas bicicletinhas, prontas para sairem a toda (e engracado como crianca vai de um lado pro outro, nos mesmo lugares milhoes de vezes e tudo ainda consegue ser interessante) e ai uma delas me pergunta:
- Onde ta o teu marido?
Respondo:- No Iraque.
Entao a outra menina diz:
- Meu pai tambem ta no Iraque.
Olho melhor pra elas. A mais velha olha bem dentro dos meus olhos e diz, com toda a certeza do mundo:
- E ele logo logo vem pra casa.
Eu digo que sim, que logo ele estara em casa e me viro, andando para o meu portao. Vou andando lentamente, me despeco, dizendo um "see you later" meio sem jeito. Caminho ate a porta da minha casa e percebo. Os olhos da menina, cheios de conviccao, inundaram os meus.
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